Sérgio Guimarães morreu relativamente novo, em 1986. |
Era fotógrafo, sobretudo de publicidade, mas também fez outras fotografias com outros destinos, nomeadamente para certos livros que editou - As Paredes da Revolução, Diário de uma Revolução, O 25 de Abril visto pelas crianças.
Orgulhava-se de ser filiado no Partido Comunista e, quando viveu em Paris nos anos sessenta, onde trabalhou para a Elle, terá ficado sem o dedo mínimo da mão esquerda, por razões que só ele sabia. Aí frequentou o atelier de Fernand Léger.
Dizia-me que tinha ganho algum dinheiro com essa fotografia reproduzida em vários países, mas depois perdeu o controle, apesar das suas dificuldades económicas.
Perguntei-lhe como a tinha a feito e lembro-me de ele me contar que, no dia 25, pegou no filho do Pedro Bandeira Freire, que na altura teria dois ou três anos, e foi com ele ao aerporto da Portela para fazer a célebre fotografia.
Cartaz alusivo ao 25 de abril de 1974 |
Era natural do Porto, onde foi conhecido em certo meio da sua juventude.
Cá em Lisboa trabalhou com o empresário Vasco Morgado, o dos teatros, e parava muito pelo Parque Mayer.
Mas sobretudo adorava o café-restaurante Monte Carlo, no Saldanha, onde reclamava quase sempre o bife.
Conhecia muita gente ligada aos meios artísticos, uma vez apresentou-me o pintor Manuel Lima, no Monte Carlo. Cheguei a ver o Herberto Helder numa das muitas casas que habitou e dizia que o Luiz Pacheco era o maior escritor português.
De facto, o Luiz Pacheco referiu-se a ele numa das suas entrevistas (JL), como tendo sido depositário de material escrito seu.
Zeca Afonso |
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