quinta-feira, 24 de abril de 2008

7º ANO: A IDADE MÉDIA- FEUDALISMO: O DOMÍNIO SENHORIAL: AS 2ª INVASÕES BÁRBARAS

O DOMÍNIO SENHORIAL

O Senhorio ou Domínio Senhorial era uma vasta propriedade, constituída pela Reserva e os Mansos ou Casais de que o senhor era o proprietário. Nela, o senhor, estabelecia a lei, exercia a justiça e cobrava aos camponeses rendas, impostos e serviços (corveias).
Os camponeses podiam ser livres ou não e neste caso chamavam-se servos ou malados.
Os servos trabalhavam nas terras directamente exploradas pelo senhor (a Reserva) e não podiam mudar-se ou abandoná-las. Para serem livres tinham de comprar a sua liberdade ao senhor ou, então, fugir, normalmente para a cidade. Se fossem apanhados eram severamente castigados.
O domínio senhorial não era apenas uma vasta extensão de terras pertencente a um senhor nobre poderoso. Era um mundo fechado e que procurava ser auto-suficiente produzindo o que era necessário ao senhor e à restante população que o habitava. Mais do que uma extensa propriedade, o domínio ou senhorio era um agrupamento de homens ligados por direitos e por deveres: o senhor dava protecção aos camponeses que lhe deviam obediência, trabalho e impostos.
O poder dos reis foi parcelado, processo acelerado pelas invasões de vikings, muçulmanos e húngaros ocorridas na Europa, nos séculos IX e X. Na prática, o monarca transformou-se em suserano de seus vassalos, aos quais estava unido por laços de fidelidade, em troca de terras e privilégios políticos.

2ªs Invasões Bárbaras
A ligação entre benefício e vassalagem tornou-se tão forte, que os nobres obedeciam ao rei, não por serem súbditos, mas por serem vassalos beneficiados com a posse do feudo.
A Europa Ocidental enfrentou nova onde invasões nos séculos VIII, IX e X, o que contribuiu para reforçar a ruralização e diminuir ainda mais o poder dos monarcas.





OS VIKINGS ou NORMANDOS
A terra natal dos Vikings era a Noruega, Suécia e a Dinamarca. Eles e os seus descendentes controlaram, pelo menos temporariamente, a maior parte da costa do mar Báltico, grande parte da Rússia continental, a Normandia na França, Inglaterra, Sicília, Itália meridional e partes da Palestina.
Um povo guerreiro
Durante a época antiga e medieval eles estabeleceram vários contactos comerciais com a Europa. Porém, entre os séculos VIII e XI, começaram a fazer várias incursões no continente europeu com o objectivo de saquear riquezas e conquistar terras. As pesquisas arqueológicas e os relatos históricos indicam que, através dos rios, penetraram em território europeu com seus barcos (drakars), levando o medo e a morte em regiões da França, Alemanha, Inglaterra, Irlanda e Rússia.

A instabilidade, causada pelas invasões, fizeram com que o s europeus construíssem castelos e reforçassem a segurança nos portos, mas de nada adiantou em função do grande poderio bélico dos “povos do norte”. Além de ter favorecido a construção de castelos, as incursões estimularam a descentralização política durante o feudalismo.

Os Húngaros ou Magiares

Os historiadores crêem que as tribos nómadas magiares entraram na Bacia dos Cárpatos sob a liderança do chefe tribal Árpad, em 896 d.C. Dedicando-se inicialmente a incursões e ataques por toda a Europa (da Dinamarca à Península Ibérica), os magiares tiveram a sua expansão bloqueada na batalha de Lechfeld em 955. O Estado por eles criado na Bacia dos Cárpatos recebeu a aprovação do Papa em 1001, com a conversão ao cristianismo dos líderes e o reconhecimento de Estêvão I como rei da Hungria.
Quando da conquista húngara, a nação magiar contava provavelmente entre 250.000 e 450.000 pessoas. A população eslava pré-existente foi absorvida pelos recém-chegados, com excepção dos habitantes dos territórios hoje pertencentes à Eslováquia e à Croácia.

Invasão Muçulmana
Com a invasão Muçulmana de 711, e a derrota de
Roderico (Rodrigo) em Guadalete, a única
resistência gótica séria, foi feita em Mérida.
Com a sua queda todo o noroeste foi submetido. Tropas Berberes (povos oriundos do Norte de África) foram colocadas no centro de Portugal e Galiza., mas com a revolta dos Berberes e a grande fome na região (740 - 750), estas foram evacuadas.
No século VIII (711) a Península Ibérica foi de novo invadida, desta vez pelos Muçulmanos vindos do Norte de África.

Quem eram os Muçulmanos?
Os Árabes são originários da Península da Arábia, uma zona desértica da Ásia, situada entre o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico. Muito pobres, viviam divididos em tribos, dedicavam-se à pastorícia e ao transporte de mercadorias através do deserto. A sua principal cidade era Meca onde, no século VII, Maomet funda uma nova religião - o Islamismo - a que se converteram todas as tribos.
Os seguidores desta religião são os Muçulmanos.
Por que se expandiram os Muçulmanos?
Após a morte de Maomet, os Muçulmanos iniciaram a sua expansão para a Ásia, o Norte de África e a Península Ibérica.
Pretendiam:
expandir o Islamismo, procurando converter outros povos à sua religião;
procurar novas terras e riquezas, para melhorar as suas condições de vida.
Em 711, os Muçulmanos invadem a Península Ibérica, derrotam os Visigodos na batalha de Guadalete e em poucos anos ocupam todo o território, à excepção de uma zona a Norte, as Astúrias.

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