sábado, 10 de maio de 2008

7º 8º 9º ANO: AVALIAÇÃO

As técnicas de testagem de conhecimentos
Problemática das técnicas de testagem de conhecimentos
Nenhuma técnica de avaliação é perfeita, nem mesmo as técnicas de testagem, entre as quais se encontram as que permitem um maior grau de objectividade na avaliação dos conhecimentos dos alunos.O termo “teste”, numa acepção lata, pode aplicar-se, quer a provas orais, quer a provas ou exames escritos, quer ainda a actividades práticas (de laboratório, de uso de instrumentos, etc.).Em sentido menos lato, e é este o que interessa, aplicam-se às provas, pontos ou fichas de “papel e lápis”, ou seja, a instrumentos de avaliação de conhecimentos em que existe uma série de itens a que o aluno terá de responder, para revelar o seu grau de competência face a determinados objectivos da aprendizagem.A aferição dos testes foi, durante muito tempo, predominantemente, de referência normativa. Com a evolução das Ciências Pedagógicas, passaram a ser privilegiados, nas escolas, os testes com aferição de referência criterial.Em que diferem, fundamentalmente, os “testes normativos” dos “testes criteriais”? A aferição dos testes de referência normativa apoia-se na norma — distribuição das competências/desempenhos individuais (performances) em relação a uma tarefa ou conjunto de tarefas.A aferição dos testes de referência criterial apoia-se em critérios, definidos operacionalmente, em função dos objectivos e de outras considerações pedagógicas.Ou seja, num “teste normativo” a performance individual é classificada em relação à do conjunto de alunos submetidos ao teste, resultando uma nota ou graduação numa escala ordinária. Por exemplo: num grupo de cem alunos submetidos ao teste a pontuação obtida por um deles coloca-o em 60.º lugar. É claro que o facto de estar colocado no 60.º lugar não indica o que esse aluno sabe da matéria do teste, mas apenas o lugar que ele ocupa numa “corrida” disputada por um total de cem alunos. Torna-se assim evidente que os testes aferidos à norma têm uma índole competitiva e selectiva.Como na perspectiva pedagógica actual se considera, com plena justificação, que “para ajudar o aluno importa muito menos indicar-lhe o lugar que ele ocupa em relação aos outros, do que ensinar-lhe até que ponto os seus esforços conduzem ao caminho que leva ao desejado domínio de uma aprendizagem”, os testes passaram a ser baseados em critérios centrados nos objectivos da aprendizagem, permitindo obter uma “medida” relacionada com o valor absoluto da qualidade da aprendizagem realizada (ao contrário de um teste normativo, cuja medida apenas se relaciona com um valor standard relativo...). Até há poucos anos, a aplicação de testes de aproveitamento (testes de “papel e lápis”) constituía a base da avaliação dos alunos.Hoje, essa aplicação não tem a mesma ênfase, representando apenas uma das vertentes da avaliação global do aluno, mas não deixou de ter reconhecida importância na avaliação das aprendizagens do domínio cognitivo.É preciso não esquecer que a construção de um instrumento de registo deve sempre obedecer aos princípios de economia, eficácia e funcionalidade e que, seja qual for a observação, deve utilizar-se uma forma de registo pela positiva. Observação e registo não devem ser considerados como fins, mas sim como meios de se obter informação útil para a intervenção pedagógica.
Elisa Vila Nova, Avaliação dos alunos – Problemas e soluções, Texto Editora, 2001. (Adaptado)

Sem comentários: