quinta-feira, 15 de maio de 2008

8º ANO: BIOGRAFIA-MOZART: MÚSICA

MozartEste dossier temático aborda a vida curiosa e a obra singular de Mozart, um dos maiores compositores de música clássica de sempre, que nasceu e viveu numa época em que a música grassava como sinal de cultura e o interesse músico-cultural se intensificava e desenvolvia a passos largos...
Barbara Kraft: Retrato póstumo de Mozart, 1819.

Breve biografia

Nascido às 20 horas do dia 27 de Janeiro de 1756 em Hagenauerhaus, n.º 9 de Getreidegasse, na Áustria, Amadeus Mozart, de seu nome completo Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, foi um génio musical descoberto precocemente.
Filho de Leopold Mozart e de Anna Maria Mozart, tinha também uma irmã, a quem foi dado o nome de Maria Anna Mozart (Nanerl, para a família e amigos mais próximos).O pai, um violinista que tocava na corte do príncipe arcebispo de Salzburgo, foi desde cedo um acérrimo defensor da presença da música na vida dos filhos, ensinando-os a tocar cravo e estimulando-lhes o gosto e hábitos musicais assim que se apercebeu do talento de ambos para a música.Em 1761, com 5 anos apenas, Mozart dava início àquele que seria durante muitos anos o seu modo de vida: apresentações públicas e múltiplas viagens. Estima-se que Mozart tenha totalizado cerca de 3720 dias de viagens, o que representou um terço da sua curta vida.
A sua estreia ocorreu no dia 1 de Setembro de 1761 em Salzburgo, no teatro escolar latino Sigismundus Hungariae Rex, num espectáculo em que participou como cantor.No dia 12 de Janeiro de 1762 o pai decidiu embarcar com os dois talentosos filhos numa viagem com destino a Munique, na Alemanha. Esta durou três semanas e resultou na apresentação dos dois irmãos ao princípe Maximiliano III de Baviera. Foi a primeira apresentação artística de ambos.No Outono desse ano, a família Mozart deslocou-se até Viena onde, no dia 13 de Outubro Mozart teve a sua primeira audição perante a Imperatriz Maria Teresa.Mas seria no ano de 1763 aquando do aniversário do príncipe arcebispo (que nomeara o seu pai como vice-maestro de capela) que Mozart faria a sua apresentação oficial como músico.No Verão desse ano, Leopold partiu novamente com a sua família numa viagem que os levaria até França e onde chegaram a 18 de Novembro de 1763. Durante a estadia em Paris foram imprimidas as primeiras obras de Mozart: as sonatas para piano K 6 e K 7 para Madame Victoire de França e as sonatas K.8 e K.9 para a Condessa Adrienne-Catherine de Tessé. Estas obras valeram-lhe o aplauso, o assombro e o encantamento de todos quanto as ouviram.A 23 de Abril de 1764, a família Mozart chegou a Londres onde as duas crianças deram vários espectáculos na corte do rei George III e da sua esposa, Sophie Charlotte, a quem Mozart dedicou as suas seis sonatas para piano e violino K.10 a K.15.Em Londres, Mozart conheceu Johann Christian Bach, último filho de Johann Sebastian Bach, que exerceu grande influência nas suas primeiras obras.Depois de algum tempo em Londres, tendo a família decidido partir em direcção ao seu país natal, eis que um pedido insistente do embaixador holandês os fez mudar de rumo em direcção à Holanda. Depois de vários espectáculos pela Holanda, Suíça e Alemanha, a família Mozart regressa finalmente a Salzburgo, a 29 de Novembro de 1766, após uma ausência de quase três anos e meio. Mas, no ano de regresso, alastrava em Salzburgo uma epidemia de varíola. Numa tentativa de fuga à epidemia, a família muda-se para Viena. Mas apesar dos esforços, as duas crianças acabaram por contrair a doença.No final de Janeiro de 1768, Mozart obtém um aval para começar a desenvolver uma opera buffa, seguindo uma sugestão do Imperador José II. Em Abril de 1768 começa a compor La Finta Semplice (K.51), que termina em Julho desse mesmo ano. Entretanto, a opereta Bastien und Bastienne (K.50), outra aclamada obra de Mozart, foi apresentada ao Dr. Anton Mesmer em Setembro de 1768. Em Dezembro desse ano, a família Mozart partiu de Viena e regressou a Salzburgo em Janeiro de 1769. Depois de muitos obstáculos, foi apenas em Maio de 1769 que conseguiram a apresentação de La Finta Semplice (K.51).Em Dezembro de 1769, a família realizou a tão esperada viagem a Itália. Entre 1770 e 1773 Mozart visitou a Itália por três vezes. Lá, compôs a ópera Mitridate, que foi um grande êxito. Depois de uma série de apresentações, a 17 de Outubro de 1771, o libreto Ascanio in Alba foi apresentado na celebração do matrimónio entre o Arquiduque Ferdinando da Áustria e a Princesa Maria Beatrice Ricciarda d'Este de Modena. No dia 30 de Novembro de 1771, os Mozarts foram recebidos pelo próprio Arquiduque.Mas em 1772 a eleição do conde Hieronymus Colloredo como arcebispo de Salzburgo mudaria os hábitos de viajante de Mozart. Colloredo não via com bons olhos que um de seus músicos, considerado por ele um mero serviçal, passasse tanto tempo em viagens fora da corte. Por isso, a maior parte dessa década foi passada em Salzburgo, onde Mozart cumpriu os seus deveres de mestre de concerto (Konzertmeister), compondo missas, sonatas de igreja, serenatas e outras obras. Mas o ambiente de Salzburgo, cada vez mais sem perspectivas, levava a uma constante insatisfação do artista com a sua situação.Em 1777, Mozart quis tentar a sua sorte em outras paragens e decidiu partir, acompanhado por sua mãe, para Paris, cidade onde esta acabaria por falecer em Julho de 1778. Com o desaparecimento da mãe, Mozart deixou Paris, dirigindo-se então para Munique.Em 1781, Hieronymus Colloredo ordenou a Mozart que se juntasse a ele e à sua comitiva em Viena. Mas, insatisfeito por ser colocado entre os criados, ele pediu a demissão. A partir daí passou a viver da renda obtida com concertos, a publicação das suas obras e aulas particulares. Inicialmente teve sucesso, e o período entre 1781 e 1786 foi um dos mais prolíficos da sua carreira. Um período durante o qual compôs óperas (Idomeneo - 1781; O Rapto do Serralho - 1782), sonatas para piano, música de câmara (especialmente os seis quartetos de cordas dedicados a Haydn) e, principalmente, uma deslumbrante sequência de concertos para piano. A 24 de Dezembro de 1781 Mozart competiu com Muzio Clementi num concurso de pianoforte perante o imperador José II. A 16 de Julho de 1782 realizou-se a primeira apresentação pública de O Rapto do Serralho ( Die Entführung aus dem Serail - K.384), no Burgtheater. Este foi o trabalho de Mozart que mais sucesso obteve fora de Viena.A 4 de Agosto de 1782 Mozart casou com Constanze Weber, contra a vontade do pai dele. Tiveram vários filhos, mas apenas dois sobreviveram.Em 1786, compôs a sua primeira ópera em colaboração com o libretista Lorenzo da Ponte - As Bodas de Fígaro (Le nozze di Figaro - K.492) -, que estreou no Burgtheater no dia 1 de Maio de 1786. A ópera fracassou em Viena, mas fez um sucesso tão grande em Praga que Mozart recebeu a encomenda de uma nova ópera. Durante esse ano As Bodas de Fígaro foram representadas nove vezes.A partir de 1786 a sua popularidade começou a diminuir junto do público vienense e logo os problemas financeiros começaram a aparecer. No entanto, isso não o impediu de continuar a compôr obras-primas como quintetos de cordas (K.515 em Dó maior, K.516 em Sol menor em 1787), sinfonias (K.543 em Mi bemol maior, K.550 em Sol menor, K.551 em Dó maior em 1788) e um divertimento para trio de cordas (K.563 em 1788). No entanto, nos últimos anos de vida, a sua produção declinou devido a problemas financeiros e à saúde precária dele e de sua esposa, Constanze.A 7 de Abril de 1787, Ludwig van Beethoven, de 16 anos, chegou a Viena vindo de Bona a fim de ter aulas com Mozart. Mas ficou naquela cidade apenas duas semanas. A 28 de Maio o pai de Mozart morre em Salzburgo.A 29 de Outubro de 1787 Mozart conduziu as primeiras representações de Don Giovanni, no National Theater em Praga e, em 1 de Dezembro desse mesmo ano, José II nomeou Mozart como compositor oficial de Câmara (Kammermusicus) auferindo um salário de 800 florins por ano.A 26 de Janeiro de 1790, a ópera Così fan tutte (K.588) foi apresentada pela primeira vez no Burgtheater.Em 1791, Mozart compôs as suas duas últimas óperas: A Clemência de Tito e A Flauta Mágica -, o seu último concerto para piano (K.595 em si bemol maior) e o belo concerto para clarinete em lá maior (K.622). Na Primavera desse ano, recebeu a encomenda de um requiem (K.626). Com a saúde cada vez mais debilitada, Mozart conseguiu ainda, a 18 de Novembro de 1791, reger a cantata Laut. verkunde unsre Freude (K.623) que dedicou ao novo templo da casa maçónica. No dia 20 de Novembro de 1791, Mozart ficou acamado, tendo falecido 15 dias depois, na madrugada de 5 de Dezembro. Mozart deixou a obra em que trabalhava inacabada (há uma lenda que diz que o requiem em questão se destinava à sua própria missa de sétimo dia) tendo aquela sido posteriormente finalizada por um discípulo seu, Franz Süssmayr.Mozart acabou por ser enterrado numa vala comum de Viena.

Obra

Apresenta-se aqui uma súmula das peças que mais se destacaram do extenso rol de obras compostas por Mozart:
ÓperasLe Nozze di Figaro (As Bodas de Fígaro, 1786)Don Giovanni (1787)Cosi Fan Tutte (São todas assim, 1790)A Flauta Mágica (1791)
Obras orquestraisConcerto para piano n.º 21, K 467 (1785)Eine Kleine Nachtmusik, K 525 (1787)Sinfonia Concertante K 367Sinfonias n.º 29, 39, 40 e 41
Música vocalMissa n.º 16 (da Coroação), K 317 (1779)Réquiem, K 626 (1791), completado por Süssmayr
Música para pianoSonata n.º 5, K 521, para dois pianosSonata K 448, para dois pianos
Música de câmaraQuartetos de Cordas dedicados a Haydn:K 387 (1782)K 421 (1783)K 428 (1783)K 464 (1784)K 458 (1784) K 465 (1785)

Nota: Como a sua obra foi publicada sem número de Opus, Ludwig von Köechel fez, em 1862, um registo cronológico-temático, onde as obras têm números, ordenados cronologicamente, que se citam precedidos da letra K.

Curiosidades
Numa carta escrita por Mozart podem ler-se as seguintes palavras:"Como é que eu trabalho e como executo grandes composições musicais? Não posso na realidade dizer-lhe senão isto: quando me sinto bem-disposto, seja em carruagem quando viajo, seja de noite quando durmo, acodem-me as ideias aos jorros, soberbamente. Como e donde, não sei. As que me agradam, guardo-as como se me tivessem sido trazidas por outras pessoas, retenho-as bem na memória e, uma após outra, delas tomo a parte necessária para fazer um pastel segundo as regras do contraponto, da harmonia, dos instrumentos, etc. Então, quando estou em profundo sossego, sinto aquilo crescer, crescer para a claridade de tal forma, que a obra mesmo extensa se completa na minha cabeça e posso abrangê-la num só relance, como um belo retrato ou uma bela mulher, e isso não parte por parte, mas de uma só vez.
Achar aquilo e realizá-lo é um sonho soberbo que se desenvolve dentro de mim. Quando chego a esse ponto, nada mais esqueço, porque a memória é o melhor dom que Deus me deu." (...)
Sabe-se que certa vez, em Roma, Mozart foi assistir, com 14 anos, a uma peça religiosa - Miserere para coro duplo - de um compositor italiano chamado Gregório Allegri, que viveu entre 1500 e 1600. Essa peça, além de ser muito difícil e de conter uma intrincadíssima polifonia e coro duplo, não poderia ser reproduzida ou alterada. A ninguém era permitido segurar nas mãos a respectiva partitura, que para além de ser propriedade da Capela Sistina, era protegida sob ameaça de excomunhão. Após o concerto, tendo-o ouvido uma única vez, Mozart transcreveu-o de memória, e ao chegar a sua casa, reproduziu a música no papel com todas as notas e vozes, igual ao original.
Mozart gostava da esgrima, da dança, de montar cavalos e de animais de estimação. Tinha um canário, que na época era uma ave de estimação muito comum na Áustria, além de cães.
Ao longo da sua vida, Mozart fez a tradução sistemática dos seus nomes originais. O seu nome completo de baptismo foi atribuído em alemão, sendo Theophilus, um dos nomes do meio, uma homenagem a um familiar próximo. A tradução latina deste nome daria origem ao famoso "Amadeus" - "amigo de Deus". Outro exemplo é a tradução que ele fez de Amadeus Mozart para Amadé Mozartin, ao pretender conferir um toque de sonoridade francófona ao seu nome.Os dois nomes próprios que nunca utilizou foram dados pelos seus pais em memória do santo que apadrinha o dia do seu nascimento - São João Crisóstomo.
A Europa musical no tempo de Mozart
Na época de Mozart, a cidade que o viu nascer, Salzburgo, contava já com 16 000 habitantes, sendo uma cidade bastante importante em termos culturais. Era um principado eclesiástico, governado por um príncipe arcebispo que, durante a infância de Mozart, era Sigismund Christoph de Schrattenbach, personalidade que tanto contribuiu para o desenvolvimento musical de Mozart e para a vida desafogada de que a família desfrutava. Este governante apoiou muito o talento e o trabalho de Leopold Mozart, o pai, e mais tarde o do próprio Mozart.No século XVIII a literatura e as artes plásticas já tinham abandonado o estilo barroco. Por volta de 1735, o estilo dominante na Europa era ainda o rococó, último derivado do estilo barroco. Logo depois emergiria o pré-romantismo. As formas musicais do barroco não traduziam as novas ideias que então surgiam.Joseph Haydn (1732-1809) foi um dos maiores compositores do período clássico. Começou por tocar violino em pequenas bandas sem baixo-contínuo, onde nenhum dos músicos desempenhava o papel de solista-virtuose (o que valia era o conjunto). Essa independência das cordas em relação ao baixo-contínuo, assim como a importância dada ao conjunto instrumental, fez com que a música barroca chegasse ao fim.Haydn elaborou uma nova polifonia instrumental com a finalidade de dar coesão ao quarteto e à sinfonia, sem o apoio do baixo-contínuo. O princípio de construção foi a sonata-forma de Carl Philipp Emanuel Bach. Usando só os instrumentos, Haydn fala o idioma da música sacra italiana da época precedente, ou seja, os seus temas são cantáveis.É o começo da música moderna.A repercussão da sua obra foi grande. Na Áustria todos eram haydnianos, inclusive o jovem Mozart. A renovação da música instrumental por Haydn não atingiu o género da ópera, que seguia o modelo dos tempos de Scarlatti.Havia alguma vida nova apenas na opera buffa, que florescia em Veneza, então a capital europeia de diversões. Os "donos" da ópera, mais apreciados que os próprios compositores, eram os cantores, sobretudo os castrados como Farinelli e Crescentini.Johann Adolf Hasse (1699-1783) foi o mais popular compositor de óperas italianas, no estilo napolitano, do século XVIII. Discípulo de Alessandro Scarlatti, foi, também, cantor profissional de ópera (tenor) e um excelente cravista.Domenico Cimarosa (1749-1801) foi um dos pais da ópera cómica.Outros grandes nomes da época são Giuseppe Sarti (1729-1802), Baldassare Galuppi (1706-1783) e Giovanni Paësiello (1740-1816).O teatro foi, talvez, a maior preocupação artística do século XVIII. Possuir um teatro nacional foi a suprema ambição da Alemanha e da Itália (e a ópera não podia ficar esquecida).Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), embora influenciado por todas as correntes da sua época, não pertence a nenhuma delas. As suas obras instrumentais, no geral, são trabalhos de rotina ou trabalhos por encomenda. Embora riquíssimo em invenção melódica, a sua melodia nem sempre é pessoal. Isto porque no século XVIII, antes do pré-romantismo, não se exigia originalidade nem genialidade (conceitos românticos). Por isso, alguns poderão confundir Mozart com outros compositores da sua época, como J. C. Bach, de quem sofreu grande influência. Mozart escreveu seguindo o estilo do seu tempo. Ele próprio se considerava, antes de qualquer outra coisa, um compositor de ópera.

Portugal no tempo de Mozart
Em Portugal, na época de Mozart, reinava D. José I coadjuvado pelo seu secretário dos Negócios do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal.Em 1758, ocorria a prisão dos Távoras, entretanto acusados de implicação no atentado contra D. José I (a 3 de Setembro de 1758) e que seriam executados a 13 de Janeiro de 1759 em Lisboa.Em Fevereiro de 1768, foi criada em Lisboa a Real Mesa Censória que retirava à Inquisição os poderes de exame prévio e de censura dos livros. Neste ano a população portuguesa estimava-se em 2 400 000 habitantes.A 6 de Novembro de 1772, o ensino primário oficial era organizado, com o ímpeto do Marquês de Pombal.A 29 de Novembro de 1776, a rainha Dona Mariana Vitória assumia a regência de Portugal por doença de D. José, que viria a falecer no dia 24 de Fevereiro de 1777, dando lugar a sua filha D. Maria.
A 24 de Dezembro de 1779 era fundada a Academia Real das Ciências de Lisboa.A cantora lírica Luísa Todi era aclamada nas grandes cidades europeias, nomeadamente em Viena de Áustria onde deu concertos durante o ano de 1782 e 1783. A artista deixaria Paris em 1789 após uma temporada triunfal.A 6 de Junho de 1784, Bocage era dado como desertor, e em 1789 Morais da Silva via publicada a 1.ª edição do seu Dicionário da Língua Portuguesa.Em 1790, por resolução régia, criavam-se as primeiras 18 escolas femininas em Lisboa.
A Europa política no tempo de Mozart
Em 1756, ano em que Mozart nasceu, e durante o reinado de Luís XV, rei de França, eclodiu a Guerra dos Sete Anos, travada entre 1756 e 1763, envolvendo a França, a Áustria e seus aliados (Rússia, Suécia e Espanha), de um lado, e a Inglaterra, a Prússia e Hannover, de outro. A Guerra dos Sete Anos foi o primeiro conflito a ter carácter global, e o seu resultado é muitas vezes apontado como o ponto fulcral que deu origem à inauguração da era moderna. Esta guerra foi precedida por uma reformulação do sistema de alianças entre as principais potências europeias, a chamada Revolução Diplomática de 1756, e caracterizou-se pelas sucessivas derrotas francesas na Alemanha (Rossbach), no Canadá ( perda de Quebec e Montreal) e na Índia.A França, com os dois Tratados de Versalhes (1756 e 1757), obtém a promessa de aliança de Maria Teresa da Áustria e de seu ministro Kaunitz. Maria Teresa também se aliou com Elizabeth da Rússia.A 14 de Julho de 1789 o povo parisiense toma a Bastilha, protagonizando assim o primeiro episódio da Revolução Francesa.

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