quarta-feira, 14 de maio de 2008

9º ANO : ACTUALIDADE: TERRORISMO

TerrorismoAs sociedades reposicionam-se face a uma ameaça invisível. Deixamos aqui uma perspectiva histórica dos principais grupos, dos terroristas mais procurados e dos ataques que chocaram o mundo. Numa guerra sem fim previsto, a informação é um factor crucial.

Breve história do terrorismo
Como se define o terrorismo
Segundo o Dicionário de Língua Portuguesa, o terrorismo pode definir-se como:

- sistema de governar pelo terror e com medidas violentas; - actos de violência praticados contra um governo, uma classe ou mesmo contra a população anónima, como forma de pressão visando determinado objectivo;
- forma violenta de luta política com que se intimida o adversário; - modo de impor a vontade por meio da violência e do terror.
In Dicionário Universal da Língua Portuguesa, Texto Editora.O terrorismo é, de facto, um crime que atente contra a vida, integridade física ou liberdade das pessoas, segurança de transportes e comunicações, um crime de sabotagem, ou que implique o emprego de explosivos ou meios incendiários, com o intuito de prejudicar a integridade e a independência nacionais, impedir ou subverter o funcionamento das instituições do Estado, condicionar a acção das autoridades públicas, ou intimidar parte ou toda a população. Este tipo de violência sistemática, levada a cabo na prossecução de objectivos políticos, ideológicos ou religiosos, é frequentemente organizada por pequenos grupos de guerrilha ou grupos militares independentistas, como forma de pressionar as autoridades. Muitas vezes, o tráfico de droga no sistema transnacional do crime organizado e a lavagem de dinheiro estão ligados ao financiamento das actividades terroristas. É o caso de países como o Afeganistão, considerado um dos maiores produtores mundiais de ópio, ao lado do Triângulo Dourado (Birmânia-Tailândia-Laos) e do vizinho Paquistão. Durante o século XX, registou-se o crescimento do terrorismo de Estado, no qual se adopta a política de eliminação física de minorias étnicas ou de adversários de um regime. Foi este o caso das acções do regime fascista de Adolf Hitler contra os judeus e do regime racista da África do Sul, responsável por acções terroristas contra a maioria negra do país até ao fim do apartheid, no início da década de 1990. Na América Latina, as ditaduras militares das décadas de 1960 e 1970 promoveram o terrorismo de Estado contra os seus opositores, torturando e matando milhares de pessoas. No Médio Oriente, os palestinianos de cidadania israelita e os habitantes dos territórios de Gaza e Cisjordânia foram segregados e sofreram ataques das forças armadas de Israel, entre 1967 e 1993. O terrorismo de extremistas muçulmanos contra judeus de Israel, também aterrorizou e matou pessoas inocentes, principalmente a partir da década de 1980. A prática do terrorismo pode visar finalidades políticas muito distintas: a subversão do sistema político (como aconteceu com as Brigadas Vermelhas em Itália ou com o Baader-Meinhof na Alemanha), a destruição de movimentos cívicos ou democráticos (como aconteceu com a Aliança Anticomunista da Argentina e, de certo modo, com o Esquadrão da Morte brasileiro), o separatismo (como acontece com a ETA) ou a afirmação de convicções religiosas (como acontece com o Hamas e outros movimentos fundamentalistas). Segundo o FBI, é possível dividir os terroristas em três grupos: - o primeiro engloba os terroristas patrocinados por Estados que violam todas as leis internacionais, como o Irão, Iraque, Síria, Cuba e Líbia, para os quais o terrorismo é um instrumento de política transnacional; - o segundo inclui as organizações, independentes em termos financeiros e com meios para treinar operacionais, capazes de organizar campanhas terroristas de dimensão internacional; - o terceiro grupo é caracterizado por incorporar homens duros, frios e calculistas, com bastante dinheiro. Destes, o principal é Osama bin Laden. Apesar da violência em comum, existem ainda outras diferenças entre os grupos terroristas. O fundamentalismo islâmico, por exemplo, não tinha carácter terrorista na época em que surgiu. A Irmandade Muçulmana apareceu em 1929, no Egipto, com preocupações sociais e propósitos religiosos. Mas, a partir da década de 1930, foi perseguida pelo rei Fuade I e pelo seu sucessor, o rei Faruque, favoráveis à dominação britânica. A Irmandade optou pela radicalização e o terrorismo no início da década de 1950, com a ascensão do líder nacionalista Gamal Abdel Nasser, acusado de defender interesses ocidentais. A acção mais surpreendente da Irmandade Muçulmana foi o assassinato do presidente egípcio Anwar Sadat, em 1981. Sadat foi considerado traidor por ter assinado os acordos de Camp David, em 1978, que reconheciam o direito de existência do Estado de Israel. A crise no Médio Oriente também fez surgir, em 1964, a Organização para a Libertação da Palestina. A OLP, que tinha como base a Al Fatah, foi criada na sequência de um quadro político cada vez mais conturbado. Com o apoio político, económico e militar de soviéticos e americanos, Israel promoveu guerras com alguns vizinhos árabes para expandir seu território. Centenas de milhares de palestinos foram expulsos das suas terras. Organizações terroristas judaicas, como a Irgun, a Stern e a Haganah, tiveram um papel importante na intimidação da população palestiniana, chegando a massacrar aldeias inteiras. Outra organização que se especializou em ataques terroristas foi o Exército Republicano Irlandês (IRA). Na década de 1970, os católicos saíram para as ruas, pacificamente, para se manifestarem contra leis discriminatórias impostas pela maioria protestante. Aproveitando o clima de insatisfação, um grupo de militantes relançou o IRA. A fase pacífica do movimento terminou num domingo de Janeiro de 1972, quando tropas britânicas dispararam as suas armas contra os manifestantes, matando treze pessoas. O incidente, que ficou na história como “Bloody Sunday/Domingo Sangrento”, desencadeou uma escalada do terrorismo. Durante a dácada de 1970, mais de duas mil pessoas morreram e milhares ficaram feridas em atentados bombistas patrocinados pelo IRA e nos confrontos de rua entre manifestantes e forças de segurança. Outros grupos surgiram com fins pacíficos e também foram empurrados para a prática do terrorismo. Foi o caso da ETA (Euskadi ta Askatasuna, “Pátria Basca e Liberdade”). Criada em 1959 para difundir a cultura e os valores tradicionais do povo basco, a ETA foi perseguida pela ditadura de Francisco Franco e entrou para a clandestinidade e para o terrorismo em 1966. O atentado mais ousado foi realizado em 1973, quando a organização fez explodir no centro de Madrid o carro em que viajava o primeiro-ministro franquista Luís Carrero Blanco. No final da década de 1970, o terrorismo incluiu uma nova vertente religiosa, com a ascensão dos muçulmanos xiitas no Irão, em Janeiro de 1979. Sob o comando do ayatollah Ali Khomeni, os xiitas derrubaram a ditadura do Xá Reza Pahlevi. A partir da revolução iraniana, foi implantado um sistema de governo guiado por convicções religiosas radicais e inflexíveis. Khomeni inaugurou a chamada Jihad (guerra santa), acompanhada por um conjunto de acções terroristas. Em Setembro de 1982, tropas cristãs libanesas, apoiadas por Israel, atacaram os campos de refugiados de Sabra e Chatila, nos arredores de Beirute. Mais de 2500 civis palestinianos e libaneses desarmados foram mortos. Foi nesse clima extremamente tenso que se multiplicaram os grupos terroristas no Líbano, nos anos oitenta. A acção terrorista mais famosa dessa época aconteceu em 1983, quando dois atentados simultâneos mataram mais de 250 fuzileiros navais americanos e mais de cinquenta soldados franceses, em Beirute. Mas os xiitas de Khomeni e os militantes de grupos fanáticos, como o Hamas e o Hezbollah, não limitaram os seus ataques ao Médio Oriente: em nome da Guerra Santa, organizaram vários atentados na Europa e nos EUA. No início da década de 1990, o fim da Guerra Fria e a abertura do diálogo no Médio Oriente e na Irlanda do Norte fizeram o terrorismo abrandar um pouco, abrindo mais espaço para a negociação. Um sintoma dessa trégua foi a prisão, em 1994, de Carlos, o Chacal, o terrorista mais procurado do mundo, até então. Em 2001, a guerra contra o terrorismo atinge proporções nunca antes vistas. Depois dos atentados de 11 de Setembro nos EUA, americanos e britânicos reuniram as suas tropas, com o apoio de todos os estados membros da NATO, e começaram uma verdadeira “caça ao terrorista” em território afegão. O principal responsável pelo eclodir desta reacção internacional foi Osama bin Laden, o alegado autor dos atentados. O mundo resolveu gritar “basta!” a todas as mortes de inocentes em nome de uma qualquer causa. Os EUA declararam guerra não só a Bin Laden e aos seus seguidores mas também a todos os que têm feito do terrorismo a sua principal arma para alcançar objectivos politicos, religiosos ou sociais.
In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)

Grupos terroristas
Al-Qaeda
Al Qaeda
 Logo

As origens da rede Al-Qaeda remontam a finais da década de 1980, aquando da ocupação soviética no Afeganistão. Bin Laden reuniu e uniu os muçulmanos em redor da causa islâmica para expulsar o inimigo ocidental e os seus aliados no mundo islâmico. Em finais da década de 1990, a Al-Qaeda passou a afirmar-se como uma rede terrorista internacional.O cabecilha desta rede foi, desde o início, Osama bin Laden, um milionário saudita cujo grande objectivo é, desde sempre, derrubar o “inimigo” ocidental (cujo expoente máximo são os EUA) e fazer valer o fundamentalismo islâmico.A Al-Qaeda tem como ideologia de base o fundamentalismo islâmico, uma interpretação violenta e radical do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, que determina o uso do terrorismo como arma para alcançar os objectivos a que se propõe, que são a expulsão dos americanos (o inimigo n.º 1) dos países muçulmanos e a queda dos governos considerados heréticos. Para isso, a principal acção é a jihad, ou guerra santa, contra as potências do Ocidente e contra o “ocupante israelita”.Uma das características mais distintivas da Al-Qaeda é o seu modo de actuar. Os membros destacados para determinado ataque terrorista podem demorar anos a preparar esse ataque, para que tudo seja calculado ao pormenor, com o fim de alcançar o máximo de objectivos traçados.Os operacionais suicidas são uma constante, assim como a ausência de pré-aviso e, muitas vezes, de reivindicação da autoria dos atentados. O que é mais preocupante no modus operandi dos ataques da Al-Qaeda é a preocupação que os seus membros parecem ter em preparar tudo ao pormenor, fazendo um planeamento meticuloso das operações e proporcionando treinos intensivos e específicos para os operacionais.A rede Al-Qaeda funciona com uma estrutura de células, espalhadas por todo o mundo. Este tipo de estrutura causa enormes dificuldades aos combates ao terrorismo porque é difícil estabelecer laços de relação entre as várias células e os dirigentes da rede. Para dificultar ainda mais o trabalho das forças policiais mundiais, muitas células desconhecem a existência de outras, o que faz com que a rede vá “alastrando” de uma forma quase invisível. Só os dirigentes da rede têm conhecimento total da rede. No topo da hierarquia da rede está Osama bin Laden.Os operacionais da Al-Qaeda passam por um conjunto de avaliações por parte dos dirigentes até serem enviados para os campos de treino da rede. Depois de receberem o treino destinado a actividades terroristas, são enviados para as várias células espalhadas pelo mundo (Arábia Saudita, Argélia, Azerbaijão, Bahrein, Bangladesh, Birmânia, Bósnia-Herzegovina, China, Cisjordânia, Daguestão, Egipto, Eritreia, Etiópia, Faixa de Gaza, Filipinas, Iémen, Indonésia, Iraque, Jordânia, Kosovo, Kuwait, Líbano, Líbia, Malásia, Marrocos, Paquistão, Quénia, Síria, Somália, Sudão, Tajiquistão, Tanzânia, Tchetchénia, Tunísia, Turquia, Uganda e Uzbequistão).A Al-Qaeda conta já com várias acusações de atentados terroristas. Entre elas, destacam-se:- três atentados bombistas no Iémen contra soldados norte-americanos envolvidos numa operação humanitária, em Dezembro de 1992;- atentado à bomba no World Trade Center que causou 6 mortos e centenas de feridos, em Fevereiro de 1993;tentativa de assassinato do presidente egípcio, Hosni Mubarak, em Junho de 1995;- atentado com carro armadilhado à Embaixada egípcia no Paquistão, do qual resultaram vinte mortos, em 1995;atentados contra as Embaixadas dos EUA em Nairobi (Quénia), dos quais resultaram 224 mortos, em Agosto de 1998;- atentados ao World Trade Center e ao Pentágono, EUA, dos quais resultaram a destruição total das Torres Gémeas, danos bastante extensos no Pentágono e a morte de cerca de 6000 pessoas, em Setembro de 2001.
Fonte: Público online
Baader-Meinhof
Nome popular do grupo de guerrilheiros de extrema-esquerda da Alemanha Ocidental, a Rote Armee Fraktion (Facção do Exército Vermelho), activo desde 1968 contra o que designavam como imperialismo americano. Os três membros fundadores foram Andreas Baader (1943-1977), Gudrun Ensslin e Ulrike Meinhof (1934-1976). Durante a década de 1970, o grupo levou a cabo uma série de ataques terroristas na Alemanha Ocidental e reivindicou o assassinato, em 1990, de Detlev Rohwedder, o agente governamental responsável pela venda pública das companhias estatais pertencentes ao anterior regime da Alemanha de Leste. Baader, um antigo activista estudantil, foi condenado a prisão perpétua em Abril de 1977. Suicidou-se em Outubro, após a Facção ter falhado uma tentativa de troca de reféns no aeroporto de Mogadíscio.
In Enciclopédia Universal, Texto Editora
Brigadas Vermelhas
As Brigadas Vermelhas (Brigate Rosse) eram grupos de guerrilha de extrema-esquerda activos na Itália na década de 1970 e no início da década de 1980. O seu objectivo principal era debilitar o Estado italiano, preparar o caminho para uma sublevação marxista liderada pelo proletariado revolucionário e separar a Itália da Aliança ocidental. Renato Curcio, o fundador das Brigadas Vermelhas, foi o primeiro a criar um grupo esquerdista na Universidade de Trento em 1967, dedicando-se ao estudo de figuras como Karl Marx, Mao Zedong e Che Guevara. Em 1969, mudou-se para Milão unindo-se a um grupo de fanáticos. Em 1970, proclamaram a existência das Brigadas Vermelhas num bombardeamento de várias fábricas e armazéns em Milão. Em 1971, iniciaram os raptos e em 1974 surgiram os primeiros assassinatos. Em 1978, raptaram e assassinaram o antigo primeiro-ministro italiano Aldo Moro e, apesar dos esforços das autoridades, que prenderam centenas de terroristas suspeitos por todo o país (incluindo Curcio em 1976), a vaga de mortes continuou. Em 1970, julgava-se que as Brigadas Vermelhas eram constituídas por cerca de 400 ou 500 membros, mais 1000 membros que ajudavam periodicamente e cerca de 100 apoiantes que forneciam reservas e abrigo. A persistência e a actuação cuidada da polícia, levaram à detenção de muitos líderes das Brigadas Vermelhas e outros membros em 1980, o que resultou no enfraquecimento da organização.
In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)
ETA (Euskadi ta Askatasuna)
Movimento separatista basco, que surgiu como repercussão da Guerra Civil de Espanha, pela parte dos republicanos, baseado na ideia de nação basca e reclamando a sua autonomia. A ETA foi formada em 1959 a partir de uma cisão das juventudes do PNV (Partido Nacionalista Basco) protagonizada por intelectuais e estudantes em ruptura com a inoperância do PNV. O compromisso teórico inicial era aliar nacionalismo e marxismo, concebendo o País Basco como uma nação ocupada por Espanha. Até 1968 (data do primeiro atentado) o combate foi propagandístico, mas já se teorizava a passagem para a luta armada, primeiro como guerra revolucionária, depois como guerrilha urbana. A estratégia a partir de 1965 passou a ser a de “acção-repressão-acção”, e a organização passou a articular-se em quatro frentes: militar, política, sindical e cultural. Os atentados sucedem-se e há divisões dentro da própria organização. Após a morte de Franco em 1975, com a transição democrática (1976-80), os bascos recuperaram a autonomia e a língua, foi decretada uma amnistia geral e as prisões foram esvaziadas. Quanto mais autonomia obtinha o País Basco, mais a ETA radicalizava a sua acção. Pertur, principal dirigente e ideólogo, procurou conciliar duas frentes de luta para controlar o uso da violência, mas foi raptado e assassinado pelos “berezis”, uma minoria terrorista dentro da ETA, em 1976, seguindo-se também o assassinato de uma dirigente etarra em 1986 por ter aceite a libertação para reinserção social. Estes crimes internos marcam a viragem da ETA da luta armada para o terrorismo, que até 1998 não cessa a sua acção. A ETA é composta por dois níveis: o da estrutura militar clandestina, que comanda e age por conta própria e uma larga área aberta, legal ou alegal, através da qual a ETA respira. Este conjunto é articulado em volta da KAS (Coordenadora Patriótica Socialista), englobando um organismo sindical (LAB), um movimento de jovens (Jarrai), um grupo ecologista (Eguski), as organizações de família e de apoio aos presos (Gestoras pró-aministia) e uma frente política, Herri Batasuna (União do Povo), que controla uma boa parte do poder local no País Basco. Em Novembro de 1999, depois de 14 meses de paz ditados por um cessar-fogo, o movimento anunciou a interrupção da trégua militar. A repressão prosseguida pelos governos espanhol e francês, nomeadamente a prisão de vários membros da organização, esteve, segundo a ETA, na base desta atitude. Em Maio de 2000, a ETA assassinou José Luis López de la Calle, jornalista do diário El Mundo>, no âmbito de uma campanha de castigo contra os órgãos de comunicação social que não concordam com as teses dos separatistas bascos. O director do jornal El Mundo afirmou que, por trás deste crime havia o objectivo de destruir a liberdade de expressão e a democracia. Com a vaga de atentados que se seguiu, a ETA mantinha a pressão sobre o Governo conservador do PP, esperando dobrar a postura do executivo em relação à questão basca. A ETA acusava o Partido Nacionalista Basco, que lidera o executivo de Vitória, de indolência no processo de construção nacional. O Herri Batasuna, braço político da ETA, apela para a continuação do Pacto de Lizarra, assinado em Setembro de 1998, pugnando por uma solução basca, entre bascos, para um problema basco. O clima de violência levou a maior parte dos bascos a manifestarem o desejo de abandonar terras bascas desde que mantivessem as suas actuais condições de vida noutro lugar de Espanha. A escalada de violência levou também os espanhóis para a rua, para se manifestarem contra as acções do grupo separatista basco.Em Novembro de 2000, a presumível activista da ETA, Rosário Delgado-Oriondo, também conhecida como Arutxan Guru, foi detida em França. Delgado-Oriondo é considerada uma perita em falsificação de documentos de identidade, e suspeita em Espanha de ter participado em 18 assassínios como presumível membro do «comando Madrid» e do «comando itinerante» da ETA nos anos 80 e princípios da década de 90. A sua captura contituiu mais um marco importante da operação policial contra a ETA, na zona industrial de Bayonne, levando a cabo a prisão de outros cinco dirigentes importantes da organização separatista basca, entre eles o «número um» da ETA, Ignácio Gracia Arreguis. Em Dezembro, os dois maiores partidos políticos espanhóis, o PP, do presidente do Governo, José Maria Aznar, e o PSOE, assinaram em Madrid um acordo contra a ETA. No entanto dois partidos bascos, o Partido Nacionalista Basco (PNV) e o Eusko Alkartasuna (EA) rejeitaram a proposta de assinar o documento, por lhes ser exigida a condição de romperem com o Pacto de Lizarra-Garazi, assinado entre estes partidos e outras forças políticas bascas, como o Harri Batasuna, representante político da ETA, com o propósito de ser conquistada a independência de todo o Euskadi (País Basco Espanhol, Navarra espanhola e País Basco francês). Em Janeiro de 2001, Francisco Mujika Garmendia, mais conhecido por «Pakito», antigo número um da organização separatista basca ETA, foi condenado a 96 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato de dois polícias, em Maio de 1989. Em Fevereiro, a polícia francesa deteve Francisco Xabier García Gaztelu, conhecido por «Txapote», presumível líder supremo do comando militar da ETA. Em Maio de 2001, a uma semana das eleições no País Basco, a ETA assassina Manuel Giménez Abad, presidente do Partido Popular em Aragão.
In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)
Hezbollah (ou Hizbollah, Partido de Deus)
Organização extremista muçulmana fundada pelos guardas revolucionários do Irão que foram enviados para o Líbano depois da revolução iraniana de 1979. O seu objectivo é propagar a revolução islâmica do Irão entre a população xiita do Líbano. Supõe-se que o Hezbollah seja o movimento «guarda-chuva» dos grupos que mantiveram detidos os reféns ocidentais raptados a partir de 1984. Em 1993, guerrilheiros do Hezbollah que se opunham ao processo de paz no Médio Oriente envolveram-se em hostilidades com as forças israelitas estacionadas no sul do Líbano.
In Enciclopédia Universal, Texto Editora
Exército Republicano Irlandês (Irish Republican Army, IRA)

Organização nacionalista irlandesa militante criada com o objectivo de instituir uma república socialista irlandesa onde se possa incluir o Ulster. Fundado em 1919 por Michael Collins, foi como ala paramilitar do Sinn Féin (partido nacionalista irlandês) que o IRA saiu vencedor da guerra contra a Grã-Bretanha entre 1919 e 1921. Ilegalizado em 1936, voltou à acção três anos depois (1939) através de uma campanha bombista realizada na Grã-Bretanha. A partir de 1968 intensificou as suas actividades, ao mesmo tempo que, na Irlanda do Norte, aumentavam as desordens derivadas do desrespeito pelos direitos civis. Em 1970, um grupo do norte abandonou o IRA e formou o Provisional IRA (IRA Provisório), com o objectivo de expulsar os britânicos da Irlanda do Norte. Em Setembro de 1993, o processo de paz era posto em execução, com conversações que visavam o alcance de “paz duradoura”, o que aconteceu um ano depois, em Setembro de 1994, altura em que o IRA anunciou o cessar das suas actividades militares, respondendo assim à iniciativa de pacificação anunciada pelo Reino Unido e pela Irlanda. Participaram nestas conversações, John Hume, líder do Partido Trabalhista Democrático Social e Gerry Adams, líder do Sinn Féin. O Real IRA é uma cisão do IRA consumada em 1997 por dirigentes que discordaram do cessar-fogo. Acusado do atentado-massacre de Omagh (29 mortos e 200 feridos) de 1998, reivindicou os atentados contra a BBC em Londres. Possui entre 70 a 100 militantes, entre eles operacionais vindos do IRA. O Continuity IRA remonta a 1986, altura em que Rory O´Brady fundou o Sinn Féin. O seu braço militar deu-se a conhecer em 1996, com um atentado à bomba em Enniskillen. Possui entre 30 e 50 militantes. Desde sempre que o IRA direccionou as suas actividades para o uso da força, efectivando-a pela colocação de bombas e envolvimento regular em assassinatos, como forma de alcançar os seus objectivos. Louis Mountbatten foi um dos seus alvos, sendo assassinado em 1979 por membros desta organização. Verificaram-se ainda ataques à bomba na Grã-Bretanha, com destaque para a tentativa de explosão quando se realizava uma conferência do partido conservador que incluía os membros do governo britânico, em Brighton, no Sussex, no ano de 1984. Peritos em Belfast calculam que o armamento do IRA seja constituído por mísseis terra-ar, 2,7 toneladas de Semtex (explosivo de alta potência) fabricado na antiga Checoslováquia, e cerca de 600 metralhadoras AK-47. Actualmente, o IRA é financiado por amigos e simpatizantes nos Estados Unidos e tem o apoio de países como a Líbia. Na década de 1980, a grande maioria das armas dos católicos irlandeses foi fornecida pelo coronel Kadhafi. Dispõem ainda de espingardas de assalto tipo AR-15, G3 e FN, metralhadoras ligeiras FN MAG, cerca de quatro dezenas de lança-rockets RPG-7 e 50 espingardas Barret Light, para atiradores especiais. Em Outubro de 2001, o Exército Republicano Irlandês anunciou o desarmamento, como estava previsto no plano de paz para a Irlanda do Norte. O Governo britânico reagiu positivamente à decisão dos republicanos anunciando a redução das suas tropas na Irlanda do Norte e o desmantelamento das suas forças de segurança na província.
In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)
Sendero Luminoso

Grupo de guerrilha maoísta peruano fundado em 1980 com o objectivo de derrubar o governo. Até 1988, a sua actividade estava confinada a zonas rurais. A partir de 1992, os seus ataques intensificaram-se, em resposta à perseguição do governo. Os guerrilheiros têm atacado projectos apoiados por agências de auxílio ao desenvolvimento, acusando os trabalhadores e os camponeses neles envolvidos de colaborarem com neocolonialistas. Em 1992, intensificaram a luta, em resposta à perseguição movida pelo presidente peruano Fujimori com o apoio do exército, que terminou com a prisão do seu líder, Abimael Guzmán Reynoso (1934-), juntamente com outros importantes membros do grupo. Guzmán, conhecido como presidente Gonzalo, foi condenado a prisão perpétua em Outubro, o mesmo sucedendo aos que foram presos com ele. Durante o ano de 1993, entre as vítimas de ataques do Sendero Luminoso contaram-se candidatos às eleições locais para prefeito (100 potenciais candidatos desistiram devido a ameaças de morte) e índios da região amazónica que se opunham aos objectivos expansionistas do grupo naquela zona.
In Enciclopédia Universal, Texto Editora

Os terroristas mais procurados
Carlos, o Chacal (Ilich Ramirez Sanchez) (1949-)
Se o início do século XXI vai ficar marcado pelas acções de Osama bin Laden, o último quartel do séc. XX irá sempre recordar Carlos, o Chacal, um dos maiores terroristas de todos os tempos.Carlos, o Chacal, ou Ilich Ramirez Sanchez, nasceu em 1949 na Venezuela. Filho de um advogado milionário de extrema-esquerda, cedo se familiarizou com as teses do marxismo. Carlos considerava-se um revolucionário profissional na velha tradição leninista. Aos 15 anos de idade, aderiu à ilegal Juventude Comunista Venezuelana. Mudou-se pouco tempo depois para Londres, com a mãe e dois irmãos, onde frequentou uma escola pública em Kensington. Em 1968, foi para Moscovo estudar Físico-Química na Universidade Patrice Lumumba. Em 1970, foi expulso da URSS e encaminhou-se, provavelmente, para a Jordânia onde ganharia o “nome de guerra” de “Carlos”. Aos 24 anos ingressou na Frente Popular para a Libertação da Palestina. O seu primeiro atentado conhecido data de 30 de Dezembro de 1973. A vítima, Joseph Edward Sieff, de 68 anos, era vice-presidente da Federação Sionista do Reino Unido e Irlanda. Em 1975, sequestrou onze ministros de países-membros da OPEP, reunidos em Viena. O ataque saldou-se na morte de três pessoas. Mas foi o abate do libanês Michel Moukharbel, cérebro da FPLP na Europa, que o tornou conhecido. Acusado de envolvimento em mais de 80 mortes violentas e alguns dos ataques mais mediáticos das décadas de 1970 e 1980 na Europa, Carlos, conhecedor encartado de vários grupos de extremistas, foi perseguido pelas polícias secretas de todo o mundo. Franceses, ingleses e israelitas eram os seus alvos preferenciais. Suspeitava-se que colaborasse com o regime líbio de Muammar Khadaffi, com o regime iraquiano de Saddam Hussein, com o regime sírio de Hafez al-Assad, com o regime cubano de Fidel Castro e ainda com vários países da Europa de Leste, as Brigadas Vermelhas de Itália ou o movimento M19 da Colômbia. Terminada a Guerra Fria e perdida parte da sua utilidade, o Chacal retirou-se da vida terrorista, passando por uma série de países até se fixar no Sudão. A sua alcunha, “o Chacal”, terá sido inteiramente fabricada por um jornalista do The Guardian em 1975. Em Agosto de 1994, foi entregue pelo Sudão à DST, os serviços de contra-espionagem franceses, correndo os rumores de se tratar de uma tentativa para melhorar a imagem daquele país africano. Fluente em castelhano, inglês, árabe, russo e francês, Carlos acabou por ser julgado e condenado a prisão perpétua pelas autoridades francesas, em Dezembro de 1997. Desde então, Carlos, o Chacal, encontra-se preso, tendo passado pelas cadeias de alta segurança de Fresnes e de La Santé.
In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)
Osama bin Laden
Osama bin Laden

Líder do movimento Al-Qaeda (A Base), Osama bin Laden nasceu em Riad, na Arábia Saudita, e foi o 17.º dos 52 filhos de um rico construtor civil da Arábia Saudita, proveniente do Iémen. Aos 22 anos, foi aconselhado pelo chefe dos serviços secretos sauditas para, com a ajuda da fortuna da família, começar a treinar combatentes para lutar contra os soviéticos no Afeganistão. Bin Laden deixou a Arábia Saudita em 1979 para lutar contra a invasão do Afeganistão por parte da União Soviética. Recebeu então treino de segurança por parte da CIA. Posteriormente, fundou o Maktab al-Khichmat e recrutou homens para ajudar na resistência contra Moscovo. Após a retirada soviética, os “afegãos árabes”, como o movimento de bin Laden lhes passou a chamar, direccionaram os seus ataques contra os EUA e os seus aliados no Médio Oriente. Com o fim da guerra afegã, bin Laden regressou à Arábia Saudita para trabalhar nos negócios da família, mas foi expulso em 1991 e foi-lhe retirada a nacionalidade em 1994, por causa das suas actividades anti-governamentais e sob a acusação de se ter vendido à América. Bin Laden refugiou-se no Sudão durante cinco anos, mas, pressionadas pela comunidade internacional, as autoridades de Cartum expulsaram-no. Os talibã afegãos abriram-lhe, então, as portas. Segundo especialistas em terrorismo, bin Laden utiliza a sua riqueza para financiar os ataques contra os EUA. O Departamento de Estado dos EUA considera-o um dos maiores patrocinadores das actividades extremistas islâmicas. Segundo os EUA, bin Laden esteve envolvido no ataque ao World Trade Center, em 1993, na morte de dezanove soldados americanos em1996, na Arábia Saudita e nos bombardeamentos das embaixadas dos EUA em Dar es Salaam, na Tanzânia, em Nairobi, no Quénia. Nestas embaixadas morreram mais de duzentos civis. Bin Laden recusa qualquer envolvimento nestes ataques. Alguns analistas afirmam que bin Laden pertence a um movimento islâmico internacional, que engloba grupos egípcios, líbios, sauditas, entre outros, com o objectivo de reivindicar os três locais mais sagrados do Islão: Meca, Medina e Jerusalém. Bin Laden vive habitualmente refugiado no Afeganistão, onde gere campos de treino das suas milícias terroristas, sob a protecção das milícias talibã. Os Estados Unidos acusam bin Laden de dirigir uma rede terrorista a partir daquele país. A partir de 2001, bin Laden tornou-se o homem mais procurado do mundo, depois dos atentados de Setembro aos EUA. Apesar de nunca ter reivindicado a autoria dos atentados, bin Laden foi, desde o primeiro dia, o principal suspeito dos ataques, facto que desencadeou uma intervenção militar dos EUA e do Reino Unido no Afeganistão, numa verdadeira caça ao homem com o objectivo de capturar bin Laden e destruir os campos de treino terroristas neste país do Médio Oriente.


In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)


O mundo sob ataques terroristas


Sexta-feira Sangrenta (Bloody Friday) 21 de Julho, 1972: Um ataque bombista do IRA matou 11 pessoas e feriu 130 em Belfast, na Irlanda do Norte. Três dias depois, 3 carros armadilhados matam 6 pessoas em Claudy.Massacre Olímpico em Munique, 5 de Setembro, 1972: Oito terroristas palestinianos pertencentes à organização Setembro Negro sequestraram 11 atletas israelitas na Aldeia Olímpica em Munique. Numa tentativa frustrada de salvamento organizada pelas autoridades alemãs nove reféns e cinco terroristas acabaram por morrer.Assassinato do Embaixador do Sudão, 2 de Março, 1973: O embaixador americano do Sudão, Cleo A. Noel, e outros diplomatas foram assassinados na Embaixada da Arábia Saudita, em Khartoum, por membros da organização Setembro Negro.Sequestro do Primeiro-Ministro Italiano, 16 de Março, 1978: O primeiro-ministro Aldo Moro foi sequestrado pelas Brigadas Vermelhas e assassinado 55 dias depois.Crise dos Reféns do Irão, 4 de Novembro, 1979: Depois de o Presidente Carter ter concordado com a entrada do Shah do Irão nos EUA, radicais iranianos tomaram a Embaicada americana em Teerão e fizeram reféns 66 diplomatas americanos. 30 reféns foram libertados pouco tempo depois mas os restantes 53 foram mantidos até à sua libertação em 20 de Janeiro de 1981.Tomada da Grande Mesquita, 20 de Novembro, 1979: 200 terroristas islâmicos tomaram a Grande Mesquita em Meca, na Arábia Saudita, fazendo reféns centenas de peregrinos. As forças de segurança francesas e sauditas libertaram o santuário depois de uma intensa batalha em que 250 pessoas foram mortas e 600 ficaram feridas. Assassinato do Primeiro-Ministro Libanês, 14 de Setembro, 1982: Um caro armadilhado causou a morte ao primeiro-ministro Bashir Gemayel. Ataque bombista na Embaixada dos EUA em Beirute, 18 de April, 1983: 63 pessoas, incluindo o director da CIA no Médio Oriente foram mortas e 120 ficaram feridas num ataque bombista provocado por um camião armadilhado na Embaixada americana em Beirute, no Líbano. O atentado foi reivindicado pela Jihad Islâmica. Atentado bombista do Hezbollah, 12 de Abril, 1984: 18 militares americanos foram mortos e 83 civis ficaram feridos num atentado bombista a um restaurante situado perto de uma base da Força Aérea americana em Torrejon, Espanha. O atentado foi reivindicado pelo HezbollahAtaque ao Templo Dourado, 5 de Junho, 1984: Terroristas sikh tomaram o Templo Dourado em Amritsar, na Índia. Cem pessoas morreram quando as forças de segurança indianas libertaram o templo sagrado sikh. Atentado bombista a avião da Air India, 23 de Junho, 1985: Uma bomba destruiu um Boeing 747 da Air India sobre o Atlântico, matando os 329 passageiros que seguiam a bordo. Os terroristas Sikh e Kashmiri foram acusados pelo atentado.Atentado bombista em discoteca de Berlim, 5 de Abril, 1986: Dois soldados americanos morreram e 79 mil militares ficaram feridos num atentado à bomba por um grupo terrorista líbio a uma discoteca em Berlim Ocidental, na Alemanha Ocidental. Em retaliação, aviões militares bombardearam alvos na zona de Trípoli e Benghazi.Atentado Bombista à Embaixada de Israel na Argentina, 17 de Março, 1992: O Hiezbollah reivindicou o atentado à bomba à Embaixada de Israel em Buenos Aires, que provocou 29 mortos e 242 feridos. Atentado bombista ao World Trade Center, 26 de Fevereiro, 1993: O World Trade Center, em Nova Iorque, ficou bastante danificado depois de um carro armadilhado por terroristas islâmicos ter explodido numa garagem subterrânea. A bomba matou seis pessoas e feriu mil. Atentado ao Metro de Tóquio, 20 de Março, 1995: Doze pessoas morreram e 5700 ficaram feridas num atentado com gás de nervos Sarin numa estação de metro em hora de ponta no centro de Tóquio, Japão. Quase em simultâneo, ocorreu um atentado semelhante no metro de Yokohama. O grupo Aum Shinri-kyu foi responsabilizado pelos atentados.Atentado bombista ao Edifício Federal em Oklahoma City,19 de Abril, 1995: Os radicais de extrema-direita Timothy McVeigh e Terry Nichols destruíram o Edifício Federal em Oklahoma City num atentado que matou 166 pessoas e deixou feridas centenas de pessoas no maior atentado terrorista, até então, ocorrido em território americano.Atentado a autocarro em Jerusalém, 21 de Agosto, 1995: O Hamas reivindicou a responsabilidade pela explosão de um bomba que matou seis pessoas e deixou feridas mais de 100 pessoas.Atentado à Embaixada do Egipto, 19 de Novembro, 1995: Um homem-bomba entrou na Embaixada do Egipto em Islamabad, no Paquistão, matando pelo menos 16 pessoas e ferindo outras 60. Três grupos militantes islâmicos reivindicaram o atentado. Atentado bombista do IRA, 9 de Fevereiro, 1996: O Exérciro Republicano Irlandês (IRA) fez explodir uma bomba em Londres, matando duas pessoas e ferindo outras 100.Atentado do Hamas a autocarro em Jerusalém, 26 de Fevereiro, 1996: Em Jerusalém, um homem-bomba fez explodir um autocarro matando 26 pessoas e ferindo 80.Atentado à bomba em Manchester, 15 de Junho, 1996: Um camião armadilhado do IRA explodiu num centro comercial em Manchester, ferindo 206 pessoas.Atentado bombista da ETA, 20 de Julho, 1996: Uma bomba explodiu no Aeroporto Internacional de Tarragona em Reus, Espanha, ferindo 35 pessoas. O principal suspeito do atentado foi a ETA.Atentado à bomba em centro commercial israelita, 4 de Setembro, 1997: Três homens-bomba do Hamas fizeram explodir bombas no centro commercial Ben Yehuda, em Jerusalém, matando oito pessoas e ferindo perto de 200.Morte de turistas no Egipto, 17 de Novembro, 1997: Homens armados do Al-Gama´at al-Islamiyya (IG) mataram 58 turistas e 4 egípcios no Templo Hatshepsut no Vale dos Reis, perto de Luxor.Atentado do IRA em Banbridge, 1 de Agosto, 1998: Um carro armadilhado explodiu à porta de uma sapataria em Banbridge, na Irlanda do Norte, ferindo 35 pessoas e provocando estragos em, pelo menos, 200 casas.Atentados bombistas a Embaixadas americanas na África Oriental, 7 de Agosto, 1998: Uma bomba explodiu nas traseiras da embaixada americana em Nairobi, no Quénia, matando 291 pessoas e ferindo mais de 5000. Quase simultaneamente, uma bomba detonada perto da embaixada americana em Dar es Salaam, na Tanzânia, matando 10 pessoas e ferindo 77. O principal suspeito pelos atentados foi Osama bin Laden.Atentado do IRA, em Omagh, 15 de Agosto, 1998: Um carro armadilhado do IRA explodiu junto de um tribunal no distrito de Omagh, na Irlanda do Norte, matando 29 pessoas e ferindo mais de 330.Atentado da Eta, 11 de Maio, 2001:Uma viatura armadilhada explodiu no centro de Madrid provocando ferimentos em 14 pessoas, um dia antes das eleições regionais no País Basco.Atentado à bomba em discoteca de Tel-Aviv, 1 de Junho , 2001: O Hamas reivindicou o atentado a uma discoteca israelita que causou mais de 140 mortos.Atentado do Hamas a um restaurant em Jerusalém, 9 de Agosto, 2001: Uma bomba do Hamas explodiu num restaurante em Jerusalém matando 15 pessoas e ferindo mais de 90.Ataques terroristas em Nova Iorque, 11 de Setembro, 2001: Dois aviões desviados colidiram contra as torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque. Pouco depois, o Pentágono foi atingido por um terceiro avião. Um quarto avião, cujo alvo seria em Washington, despenhou-se no sul da Pensilvânia. Mais de 5000 pessoas morreram em consequência destes atentados. Osama bin Laden foi apontado como o principal suspeito.


Fonte: site do US Department of State.

Ataque terrorista nos EUA

O dia 11 de Setembro de 2001 ficará para sempre na memória de todos aqueles que, no local ou pela televisão, assistiram aos trágicos acontecimentos que acabaram por vitimar cerca de 6000 pessoas nos EUA. Os atentados de 11 de Setembro ficarão para a História, não apenas pela sua enorme proporção mas também pelas consequências que tiveram. O mundo vive hoje uma Guerra Contra o Terrorismo que, provavelmente, nunca teria acontecido se os EUA não tivessem sido alvo de atentados desta envergadura.Tudo começou às 8h48 (hora local). Eram 13h48 em Portugal quando um avião embateu na torre sul do World Trade Center. A colisão provocou uma explosão ao nível do 80.º andar. 18 minutos depois, outro avião chocou contra a outra torre do WTC. A televisão já estava a transmitir o acontecimento e o mundo assistiu em directo a tudo o que estava a acontecer. Depois do embate do segundo avião, já ninguém acreditava em acidentes. A certeza de um atentado de grande envergadura já estava na mente de todos os que, incrédulos, assistiam ao decorrer dos acontecimentos. Cerca de uma hora depois do embate do primeiro avião, um terceiro avião despenha-se sobre o Pentágono, em Washington.Pouco depois, a torre sul do World Trade Center desaba. 25 minutos depois, cai a torre norte. Era o fim de um dos edifícios mais emblemáticos de Nova Iorque. As Torres Gémeas, os dois maiores arranha-céus de Nova Iorque deixavam de existir, arrastando para a morte cerca de 5000 pessoas. Ainda se temeu o pior quando a televisão noticiou que haveria mais aviões sequestrados a voar sobre os EUA. Chegou a cair um quarto avião mas, desta vez, em campo aberto, na Pensilvânia.O principal suspeito destes atentados foi, desde o início, Osama bin Laden, o milionário saudita líder da organização terrorista Al-Qaeda.Em consequência dos atentados, os EUA, numa acção conjunta com o Reino Unido, lançaram uma ofensiva contra o Afeganistão para pôr fim ao terrorismo e capturar bin Laden. Embora a guerra contra o terrorismo ainda não tenha acabado, já foram destruídos muitos alvos estratégicos que pertenciam à Al-Qaeda.

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